REINO DA MACEDÓNIA

LUTAS DOS DIÁDOCOS

-323-316 a.C.- Filipe Arrideu (Filipe III) rei da Macedónia, juntamente com o filho póstumo de Alexandre o Grande, Alexandre IV. Eles, por serem diminuídos, estão sob a tutela de Crátero; Pérdicas exerce a função de quiliarca (grão-vizir) e é governado das províncias do Oriente e da Babilónia; Ptolomeu (c.360-283) é nomeado governador do Egipto; Lisímaco (c.361-281) da Trácia; Antígono Monoftalmo (c.382-301) da Frígia; Antípatro da Grécia e Macedónia.

-323- Insurreição dos veteranos gregos instalados nas marcas orientais, que foi facilmente reprimida.

-323-322- Insurreição grega:

Coligação envolvendo Atenas, Etólios, Ilírios, Tessálios, estados da Grécia central e Peloponeso (Sícion, Elis, a Messénia e Argos, portanto Esparta excluída) levanta-se contra a hegemonia macedónica ao saber da morte de Alexandre, o Grande.

No Inverno de 323-22 o ateniense Lióstenes ocupa as Termópilas, derrotando Antípatro e encerrando-o em Lâmia (Sul da Tessália). Antípatro, que estava em inferioridade numérica, tinha antes de ser cercado pedido auxílio a Crátero, que vinha a caminho com cerca de dez mil veteranos e a Leomnatos, o sátrapa da Frígia Helespontina, que se encaminha com mais de vinte mil homens. Entretanto, graças à morte de Lióstenes, à partida para a sua pátria das tropas etólias e à chegada do exercito de Leomnatos, Antípatro consegue libertar-se do cerco e dirigir-se para a Macedónia, embora Leomnatos seja morto.

Na primavera de 322 Crátero chega à Europa e junta-se a Antípatro.

A frota confederada, que é sobretudo Ateniense, é derrotada pela frota Macedónica numa batalha naval em Amargos. Seguidamente os confederados sofrem uma nova derrota em Crânon, na Tessália, sob Antípatro (comandante chefe) e Crátero, que mesmo sem ser de grandes proporções leva Atenas a pedir a paz (a sua frota fora muito maltratada em Amargos, e desde Salamina que os Atenienses baseavam toda a sua força no mar). Atenas perde Oropos e recebe uma guarnição em Muníquia; Hipérides e Demóstenes, os líderes atenienses, morrem.

Só os Etólios continuam a resistir.

-322- Perdicas reúne um grande exército e ambiciona tomar o poder. Forma uma coligação com Euménio de Cárdia(360-316, grego), que tinha sido encarregado de submeter a Capadócia, mal submetida por Alexandre o Grande.

Contra eles juntam-se Antípatro, Crátero, Antígono Monoftalmo, Lisímaco e Ptolomeu. Todos os intervenientes são antigos generais de Alexandre o Grande, tendo Antígono ainda sido de Filipe II.

-322 ou 321- Ptolomeu toma Chipre; ele constitui a principal força da coligação, e, por isso, Perdicas invade o Egipto através da Síria (321), sendo já no Egipto derrotado por diversas vezes e finalmente assassinado por um grupo de oficiais descontentes.

Entretanto Euménio lança-se contra os restantes coligados e já depois da morte de Perdicas vence-os na Capadócia numa batalha em que Crátero é morto.

-321 ou 320- Partilha de Triparadeisos (Norte da Síria) para reorganização do império: Filipe III e Alexandre IV continuam reis; Antípatro é nomeado regente, pelo que a família real vai para a Macedónia; Antígono, governador da Ásia Menor e Cassandro(filho de Antípatro, c.350-297) e também antigo general de Alexandre o Grande) são comandantes de exército na Ásia com o intuito de derrotarem Euménio; Ptolomeu continua sátrapa do Egipto e talvez também da Palestina e Síria, visto que entra em Jerusalém em 320, lutando talvez contra o exército de Perdicas agora sob Euménio; Lisímaco continua também sátrapa da Trácia; Seleuco (c.358-280 ex-general de Alexandre o Grande) é nomeado sátrapa da Babilónia.

Por esta altura Antípatro termina com urgência e menos mal a guerra com a Etólia.

-320-319- Antígono bate Euménio na Capadócia, encerrando-o em Nora.

-319- Antípatro morre e sucede-lhe na regência e no cargo de governador Poliperconte, velho general de Filipe II e Alexandre o Grande, nomeado por Antípatro. Antígono rebela-se, aliando-se a Euménio primeiro, para depois este quebrar a aliança, aliando-se a Poliperconte.

Antígono alia-se então a Cassandro, Ptolomeu e Lisímaco.

Poliperconte envia uma frota a combater Antígono sob Clito. Este vence as frotas combinadas de Antígono e de Cassandro, e é por sua vez derrotado, ficando a sua frota totalmente destruída perto de Bizâncio devido a ter-se deixado surpreender em terra.

Como resultado Antígono corta a ligação entre os dois aliados, voltando-se em seguida contra Euménio, que retira para a Síria e depois para a Ásia Central onde recebe apoio e consegue reforços.

-318-317- Antígono lança operações de grande envergadura contra Euménio, que se bate extremamente bem até que as suas tropas acabam por desertar, sendo capturado (317) e executado (316) por Antígono.

Entretanto Cassandro é enviado por Antígono no Verão de 318 ao golfo Sarónico com 35 navios para apoiar a guarnição que Antípatro tinha estabelecido em Muníquia. Cassandro instala Demétrio de Falérios (350-283) como ditador em Atenas, após luta no Inverno de 318-317.

-316- Olímpia, mãe de Alexandre o Grande manda assassinar Filipe Arrideu (Filipe III) e sua mulher Eurídice após esta tentar um golpe contra Poliperconte.

Seleuco é expulso de Babilónia por Antígono, que passa a dominar todo o Oriente.

-315- Em finais deste ano, após 3 anos de luta com Cassandro, Poliperconte só já possuía algumas guarnições no Peloponeso e na Grécia central sob seu filho Alexandre.

Cassandro sabendo a situação de Poliperconte na Macedónia enfraquecida devido ao assassínio de Filipe III, invade-a, tomando-a sem luta a Poliperconte que não ousa esperá-lo, e manda executar Olímpia.

-314- Aliança de Ptolomeu, Cassandro, Lisímaco e Seleuco (refugiado no Egipto em 316) contra Antígono. Este por sua vez alia-se a Poliperconte no Peloponeso e também aos Etólios, a cidades no Peloponeso e Grécia central que pelo facto de agora Cassandro representar a hegemonia Macedónica se uniram contra ele. Faz também constituir uma liga das ilhas do Egeu (contem Delos e Imbros, incitadas a abandonar Atenas), arrebata a Síria e os portos fenícios excepto Tiro a Ptolomeu, conquistando também a Cária e a Bitínia. A guerra generaliza-se.

-313- O censo de Atenas indica 21 mil homens.

No final do ano comandantes de Antígono dominam grande parte da Grécia Central e do Peloponeso, enfrentando também Cassandro grandes dificuldades face a Etólios e ilírios. O próprio Antígono tenta atravessar o Bósforo, do que é dissuadido pela neutralidade de Bizâncio e pela atitude decidida de Lisímaco.

-312- Ptolomeu e Seleuco invadem a Síria, vencendo Demétrio Poliorcetes (filho de Antígono, 336-282) perto de Gaza, devido em grande parte ao número. Seleuco aproveita para dominar novamente a Babilónia, atacando de passagem Petra, provavelmente sem sucesso.

-311- Demétrio volta a dominar a Síria, mas Antígono, consciente da impossibilidade de esmagar a coligação entabula negociações:

Cassandro é nomeado estratego da Macedónia até à maioridade de Alexandre IV, único reinante; Lisímaco continua sátrapa da Trácia; Ptolomeu do Egipto, Líbia e Arábia (sem a Síria); Antígono fica com a Ásia. Quanto a Seleuco e a Poliperconte não tomam parte na convenção, estando no entanto Seleuco instalado em Babilónia.

-c.310/309- Ofelas nomeia-se tirano de Cirene, ficando independente de Ptolomeu. É morto em 309 na Sicília em ajuda a Agátocles de Siracusa. Em 310 Ptolomeu termina a submissão, em que teve alguma dificuldade, dos tiranos da ilha de Chipre. Cassandro manda executar Alexandre IV (310), não ficando depois ninguém rei.

Poliperconte invade a Tinfaia através da Etólia e do Epiro contra Cassandro em nome de Herácles, suposto bastardo de Alexandre que quer nomear rei. A paz é no entanto rapidamente assinada, sendo por ela Poliperconte confirmado general no Peloponeso e Herácles assassinado.

-309- Ptolomeu corrompe Polemaios, general de Antígono que mantinha a praça forte de Cálcis e apodera-se dela.

Simultaneamente tenta desembarcar nas Cíclades, no sul da Ásia Menor e na Grécia, em 308, aliado a Antígono contra Poliperconte, tendo no entanto falhado. De novo se volta contra Antígono, e, aliado a Cassandro, ocupa várias cidades na Grécia, onde tenta reconstituir em seu favor a liga de Corinto.

-307- No Verão Demétrio surge no Pireu com c.200 navios e toma Atenas à guarnição macedónica lá instalada, enquanto Cassandro se encontra em campanha no Epiro. "Devolve" a Atenas Lemnos e Imbros, expulsando Demétrio de Falérios.

-306- Demétrio com 163 barcos de guerra invade Chipre, pondo cerco a Salamina, onde Ptolomeu vai ao seu encontro com 140 navios e é completamente batido.

Antígono em consequência toma o titulo de Antígono I Monoftalmo, proclamando-se rei na Ásia Menor, assim como Demétrio, seu filho. Seguem o seu exemplo Ptolomeu (ver Ptolomeus), Lisímaco, Seleuco (ver Seleucidas) e Cassandro, entre 306 e 304.

Bibliografia do Capítulo

-BAINES, John & MALÉK, Jaromir; Egipto: Deuses, Templos e Faraós

-HATZFELD, Jean; História da Grécia Antiga

-KELLER, Werner; A Bíblia tinha razão

-LÉVEQUE, Pierre; O Mundo Helenístico.

-LEVI, Peter; Grécia: Berço do Ocidente.

-MACEDO, Jorge Borges; História Universal, Vol. I (Panorama der Weltgeschischte)

-SAKELLARIOU, M.B.; Macedónia: 4000 years of greek history and civilization

-VIDAL-NAQUET, Pierre & BERTIN, Jacques; Atlas Histórico: Da Pré-história aos nossos dias

 

 

AS MONARQUIAS DOS DIÁDOCOS

-305 a.C.- Antígono e Demétrio fracassam numa tentativa de invasão do Egipto por terra e mar.

-305-304- Demétrio põe cerco a Rodes, cidade livre, fora portanto da liga das ilhas. Rodes, apesar de maltratada continua livre.

Demétrio chega a Atenas a tempo de impedir Cassandro, que recuperava terreno na Grécia, de a conquistar.

-303- Uma campanha de Demétrio restabelece a sua autoridade no Peloponeso, face a Ptolomeu e Cassandro. Poliperconte já só lá conservava algumas praças fortes .

-303 ou 302- Morte de Poliperconte.

-302- A ressuscitada liga de Corinto nomeia Demétrio generalíssimo dos seus exércitos, substituindo Ptolomeu. Demétrio lança uma campanha na Tessália contra Cassandro.

Entretanto Lisímaco penetra na Ásia e conquista rapidamente a maior parte do planalto Anatoliano e as cidades gregas da costa Jónia.

-301- Antígono lança-se em busca de Lisímaco e chama Demétrio da Tessália quando nota a aproximação de Seleuco, que se vinha juntar a Lisímaco. Esforçam-se ambos por dar batalha a Lisímaco, que a evita até que Seleuco se lhe junta com seus elefantes e carros de guerra. Trava-se a batalha de Ipso, na Frígia. Nesta batalha estão presentes c.150 mil combatentes. Antígono é derrotado e morto; Demétrio põe-se em fuga com os restos do exército.

A seguir a Demétrio abandonar a Tessália para se juntar a Antígono na Ásia, Cassandro, que tinha com ele celebrado um acordo de paz, ataca as suas possessões na Grécia.

A seguir á batalha de Ipso os vencedores fazem uma nova convenção:

Cassandro rei na Macedónia e Grécia, Lisímaco na Trácia e Ásia Menor até ao Tauro, Seleuco no Oriente e na Síria e Ptolomeu, que quando muito só participou nas operações após Ipso, conquistando a Palestina, fica com o Egipto e a Cele-Síria (Síria Meridional).

-301-298- Cassandro tenta retomar a Grécia, mas é expulso por Atenas (que entretanto se tinha libertado de Demétrio) e pêlos Etólios da Ática, e batido por Atenas quando cercou Elateia na Fócida. Toma no entanto a Córcira a Cleónimo, de Esparta e consegue estabelecer-se no Epiro. É expulso no entanto de Córcira por Agátocles, tirano de Siracusa em 298.

Aliança entre Ptolomeu e Lisímaco a seguir a Ipso, celebrada com o casamento de Lisímaco e do seu filho Agátocles com duas filhas de Ptolomeu.

Em contrapartida, Demétrio, que só já possuía alguns portos na Síria e na Ásia Menor, Corinto e algumas ilhas no mar Egeu, ia dedicando-se à pilhagem, como o fez numa expedição à Trácia, devido à sua frota que lhe dava o domínio dos mares. Seleuco, necessitado de um aliado, alia-se a Demétrio Poliocertes (298), cedendo-lhe em virtude dessa aliança a Cílicia.

-298-296- A aliança de Demétrio e Seleuco é de pouca dura, visto que Demétrio continua estabelecido em Tiro e Sídon e procura a aliança de Ptolomeu. Em resultado disso Ptolomeu, Seleuco e Lisímaco voltam-se contra ele e despojam-no das suas ultimas possessões na Ásia o mais tardar em 296.

-297- Morte de Cassandro na Macedónia, sucedendo-lhe o seu filho mais velho Filipe IV (r.297-296). As tentativas de reconquista da Grécia cessam. A Peónia torna-se independente do domínio macedónico, sob Drópio.

-296- Morte de Filipe IV. Sucedem-lhe os seus dois irmãos, Alexandre V e Antípatro, que lutam pelo trono, com vitória deste último (r.296-294).

-294- Alexandre V, expulso, chama Demétrio Poliocertes e Pirro II do Epiro (319-272 r295-272). Pirro acode primeiro e, em troca da Timfaia, Paravaia, Ambrácia, Anfiloquia e Acarnânia instala Alexandre V no trono. Por esta altura, o seu casamento com a filha de Agátocles, tirano de Siracusa, dá a Pirro a Córcira como dote.

Demétrio, que se tinha voltado para a Grécia, submetido Atenas ao cabo de dois anos de cerco, encontrava-se em campanha no Peloponeso ameaçando Esparta, quando recebe o pedido de Alexandre V. Chegado à Macedónia, faz assassinar Alexandre V, que Pirro II tinha instalado no trono, conquista rapidamente os territórios de Antípatro e alguns de Lisímaco, que este último tinha chamado em sua ajuda e proclama-se rei da Macedónia (r.294-287). Os seus domínios incluíam, para além da Macedónia, Atenas, Mégara e a Eubeia, a maior parte do Peloponeso, o controlo do mar Egeu e suas ilhas.

-293- A Grécia, nomeadamente a Beócia, volta-se contra Demétrio, agora que ele é rei da Macedónia. Demétrio, que, apesar do esgotamento em que a Macedónia se encontra, dispõe de um exército de 98000 infantes, 12000 cavaleiros e 500 navios, submete a Beócia, incorporando-a nos seus domínios.

-291- Lisímaco é feito prisioneiro por Dromichaites, rei dos Getas, numa expedição ao norte. Aproveitando esse facto Demétrio invade-lhe a Trácia, de onde retira apressadamente, devido não só à libertação de Lisímaco, mas também à invasão dos Etólios aliados a Pirro, que recebia subsídios em homens e dinheiro de Ptolomeu do Egipto, à Tessália. Esses subsídios permitiram a Pirro II primeiramente o seu restabelecimento no Epiro (295) e agora faziam a política de Ptolomeu de lançar estados contra a potência hegemónica. Enquanto Demétrio se encontra na Trácia, também a Beócia se rebela novamente, tendo de Demétrio submeter Tebas a um longo cerco (291-290) para restabelecer a sua autoridade.

-291-290- Demétrio, desposando agora a filha de Agátocles de Siracusa, obtém Córcira da qual desaloja Pirro com uma expedição. Pirro tinha tomado também a Atintânia e parte da Ilíria.

-289- Demétrio invade a Etólia e depois o Epiro, onde é derrotado. Pirro entretanto tinha atacado a Macedónia, também sem grande resultado. A paz é assinada entre os dois.

-288- Lisímaco e Pirro II coligam-se e invadem a Macedónia. Conquistam-na, aproveitando a deserção de numerosos soldados de Demétrio, fartos da sua política, e partilham-na entre si, cabendo a Pirro a maior parte, para além dos elefantes reais.

Demétrio foge para Atenas com um exército recrutado no caminho; é seguido por Pirro, que o força a assinar uma convenção pelo qual o nomeia rei da Macedónia. Pirro rei 287-285.

-288-285- Entre estas datas a liga das ilhas entrega-se a Ptolomeu, assim como uma esquadra Macedónica sob comando de Filocles. Antígono Gónatas, filho de Demétrio Poliocertes (319-239), luta ainda algum tempo com Pirro, o que faz com que Atenas se declare livre novamente, antes de assinarem a paz. Antígono fica com Demetriade, Calcis, Corinto e o Pireu, assim como a esquadra de seu pai, Demétrio, que segue para a Ásia com os restos de seu exército e guerreia nos territórios de Lisímaco e depois nos de Seleuco (287-285), até que este o cerca, captura e mantém preso até à sua morte (283-82).

-285- Pirro e Antígono Gónatas aliam-se contra Lisímaco e os Etólios. Lisímaco penetra na Macedónia apesar dos reforços vindos da Grécia e destrona Pirro. Lisímaco rei da Macedónia 285-281. Ele conquista toda a Macedónia e a Tessália.

-285-282- Lisímaco, que já possuía a Macedónia, a Trácia, a Tessália e quase toda a Ásia Menor, alarga os seus domínios exercendo um protectorado sobre a Peónia, anexando a Acarnânia a Pirro e as ilhas do mar Egeu (aos Ptolomeus).

-282- Antígono ocupado a consolidar a sua posição na Grécia.

Seleuco, juntamente com Ptolomeu Cerauno, filho mais velho de Ptolomeu I (320-279), e a família de Agátocles, filho assassinado de Lisímaco, refugiados junto dele, invade a Ásia Menor, com o apoio de Filastero, governante de Pérgamo, e de Zipoites, sátrapa da Bítinia (ou rei?).

-281- Seleuco vence e mata Lisímaco em Curopédio, na Lícia.

-281-280- Ressuscita a liga Acaia no norte do Peloponeso.

-280- Seleuco, deixando na Ásia seu filho Antíoco I (325-261) e associando-o ao poder, passa à Macedónia a tomar conta desses domínios, quando é assassinado por Ptolomeu Cerauno, que se torna rei da Macedónia e da Trácia (r.280-279).

Pirro passa a Itália, onde já intervinha desde 281 e se vai manter até 275.

Antígono Gónatas, que se dirigia para a Macedónia foi severamente batido pela frota que Ptolomeu Cerauno herdara de Lisímaco.

Areus, rei de Esparta, ataca Antígono, o qual fica apenas reduzido à Acaia, à Argólida, a Demetriade, Corinto e ao Pireu.

-279- Os celtas gálatas invadem a Macedónia. Um bando seguiu para a Trácia e depois para a Ásia e dois outros dirigem-se para a Macedónia pela Ilíria e pelo vale do Axio. Ptolomeu Cerauno, que descurou aquilo que tinha sido desde sempre a preocupação constante dos reis da Macedónia, a defesa da fronteira do norte, subestimando os gálatas, é por eles derrotado e morto.

A seguir à morte de Ptolomeu Cerauno são proclamados reis da Macedónia sucessivamente Meleagro, seu irmão, que reinou durante dois meses, e Antípatro Etésias, sobrinho de Cassandro, durante 45 dias. Após Antípatro o trono real ficou vago, sendo o poder exercido de facto por Sóstenes, um general.

Entretanto, os gálatas sob Breno entram na Tessália e ladeiam as Termópilas, que estavam defendidas por contingentes enviados por Antígono Gónatas, Antíoco I, aliados finalmente, e também por cidades da Grécia Central, Atenas, e, sobretudo, por Etólios.

Os gálatas evitaram-nos e lançaram uma diversão, dirigindo-se depois para Delfos, onde foram batidos por fócios e etólios, que contaram também com a ajuda da estação avançada.

-278- Os Gálatas abandonam a Grécia, dirigindo-se uns para o Danúbio e outros para a Trácia.

Antígono faz um tratado com Antíoco pelo qual este desiste da Macedónia em seu favor. Ataca então a Macedónia a partir da Trácia, sendo derrotado por Sóstenes.

-277- Antígono inflige uma grande derrota aos Gálatas na Trácia. Obtém então grande prestígio.

-276- Antígono, prestigiado, entra facilmente na Macedónia, disputada pelo ex-rei Antípatro Etésias, por Ptolomeu, filho de Lisímaco e por um Arrideu. Estes pretendentes eliminam-se uns aos outros ou então são eliminados por Antígono, que então pode proclamar-se rei da Macedónia, perante uma Grécia cansada e resignada (Antígono II Gónatas, r.276-239).

Bibliografia do Capítulo

-HATZFELD, Jean; História da Grécia antiga

-LÉVEQUE, Pierre; O Mundo Helenístico

-LEVI, Peter; Grécia: Berço do ocidente

-MACEDO, Jorge Borges; História Universal (Panorama der Weltgeschichte)

-SAKELLARIOU, M.B.; Macedonia: 4000 years of Greek history and civilization

Voltar a antiguidade

Voltar ao início